Aula de teatro, no dia 22/03/12

A primeira brincadeira da noite foi o “mosquito africano”. Formamos um círculo e uma pessoa soltou o mosquito. O desafio é matá-lo. Não é tão difícil assim, pois o mosquito é um bocado previsível. Ele gosta de ficar sobre as cabeças das pessoas que estão no círculo montado e sempre sai de uma cabeça e pousa sobre a cabeça da pessoa que está ao lado. Vale lembrar que o bicho sempre voa em um mesmo sentido: se ele for solto no sentido horário, assim será até o final. Se o sentido escolhido for o anti-horário, então esse será o seu destino na brincadeira. Mas como matá-lo? Primeiro, a pessoa que está com ele sobre a cabeça deve se abaixar para que os/as amigos/as da direita e da esquerda possam fazer o serviço: esmagá-lo entre as palmas das mãos. Para isto, essas pessoas viram-se uma para a outra e, ao mesmo tempo, batem palmas sobre a cabeça do/a amigo/a  que está abaixada/o. O mosquito é previsível e também muito esperto! Antes de ser pego pelas palmas, ele já voa para a cabeça da pessoa que está ao lado. Esta, por sua vez, abaixa-se e os dois ao seu lado batem as palmas. E assim a brincadeira segue adiante… O mosquito voa de cabeça em cabeça e as pessoas vão revezando os papéis: ora fugindo do mosquito ora tentando matá-lo. Uma regrinha importante do jogo, que exige atenção: o intervalo entre as palmas deve ser mantido. Sons podem ser emitidos, como “pá” “pum”, para ajudar as pessoas a manterem as palmas e a se abaixarem no momento certo. No final, a gente acaba produzindo um som bem gostoso!

A segunda brincadeira foi assim: fizemos duas linhas paralelas de pessoas. Cada linha tinha oito pessoas e cada pessoa, em uma linha, tinha um número entre 1 e 8. Entre as linhas colocamos uma almofada. A Márcia, de fora, gritava então um número e as pessoas correspondentes tinham como objetivo pegar a almofada e voltar para a linha de origem sem ser pego pelo outro. É importante esclarecer que, por exemplo, os números 1 das duas linhas ficavam em pontas diferentes. A questão é que nem sempre dá para chegar rápido, pegar a almofada e voltar para a linha de origem sem ser pego pela outra pessoa que tem o mesmo número. Muitas vezes as pessoas chegaram ao mesmo tempo. E aí? Como fazer? Era preciso muita paciência, esperteza e coragem para arriscar! Um jogo em que sem atenção come-se mosca!

O terceiro jogo foi o do/a escultor/a. Formamos duplas: uma pessoa era a escultora e a outra a matéria-prima a ser esculpida. Foram feitas as obras mais diversas depois de moldadas as diferentes partes do corpo: braços, pernas, dedos, pés, pescoços… A Márcia adaptou essa brincadeira a partir de uma idéia dada pela Mariana na aula anterior. Isto depois de a Mariana perguntar, inconformada, se só os adultos poderiam propor brincadeiras.

Desse jogo fomos para outro um pouco parecido. Neste caso, ao invés de pensarmos no escultor/a, é melhor imaginarmos um/a titureiro/a, aquela pessoa que comanda um boneco puxando as linhas ligadas a cada uma das partes do corpo desse boneco. Na nossa brincadeira, se o/a titureiro/a queria mexer a perna do/a boneco/a, simulava puxar um fio. A pessoa no papel de boneco/a tinha, por sua vez, que responder. Todas as duplas jogaram ao mesmo tempo. Depois, a Márcia abriu espaço para que algumas duplas mostrassem o trabalho feito. Muitas queriam mostrar o que fizeram…

Finalizamos a aula com outra brincadeira que aproveitou parte daquela outra do escultor/a. Fizemos duplas novamente e cada dupla, diante dos demais que observavam, começava a encenar uma determinada situação escolhida livremente. De repente, alguém da platéia dava um sinal de parar, fazendo com que a dupla tivesse que ficar imóvel, na posição em que estivesse. Alguém vinha, então, e assumia o papel do/a escultor/a, movendo os corpos ou partes dos corpos. Dado outro sinal, a dupla tinha que retomar a encenação a partir do novo contexto criado pelo/a escultor/a. Empolgamo-nos tanto que queríamos repetir. Para tal, construímos cenas com mais de uma dupla. Foi delicioso!

 

 

[Fotos pelo grupo. Texto: Márcia Pompêo Nogueira e RenatA. B. Atualização: RenatA. B.]

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